Quem disse que a proposta da brincadeira precisa partir sempre dos adultos? As crianças também estão cheias de ideias e, se dermos voz ativa a elas, com certeza elas podem surpreender. Bem, nesse caso, não foi exatamente uma surpresa a Sofie tomar as rédeas da situação e inventar uma brincadeira para os adultos. Ela não só bolou a atividade como coordenou a gente durante a execução. Até a vovó entrou na brincadeira.

Tínhamos separado alguns materiais para uma outra proposta. Quando viu o rolinho de pintura dando sopa por ali, os olhinhos da Sofie brilharam. Mas é claro que ela simplesmente não iria usar o rolinho da forma tradicional. Pegou um pedaço de papel-alumínio e pediu que a gente embrulhasse o rolinho com ele, para obter uma textura diferente.

Para que ficasse bem bacana, primeiro amassamos bem o papel, depois esticamos de novo, e então encapamos todo o rolinho com ele.

A Sofie escolheu as cores das tintas, que despejamos em potinhos descartáveis. E utilizamos uma folha de jornal como suporte para a pintura.

 

Aí foi só começar a pintar. Primeiro, a Sofie fez uma demonstração de como esperava que a gente pintasse. Já acostumada a usar o rolinho, ela logo percebeu que havia algo diferente ali. Além da pintura texturizada, nada parecida com a que ela conhecia, o rolinho não deslizava da mesma forma, afinal, ele estava todo encapado pelo alumínio. Ela notou também que precisava colocar mais tinta e depositar mais força sobre o rolinho para que a pintura saísse bem forte no jornal. Depois foi a nossa vez.

 

Às vezes, o papel-alumínio escapava, mas aí era só cortar um outro pedaço e encapar o rolinho de novo. Simples assim.

No fim da brincadeira, a Sofie ainda quis pintar um pouquinho com o rolinho sem o alumínio, talvez para sentir efetivamente a diferença. E, como aqui quem comanda a brincadeira é sempre a criança, a gente só fez acompanhar. E tem coisa mais gostosa do que isso? Com certeza não!