Já pensou em fazer xilogravura utilizando isopor? Foi essa a proposta que fizemos à Sofie e, embora ela tenha tido certa dificuldade em reproduzir o desenho na cartolina perfeitamente (o que, definitivamente, não era o nosso foco), a experiência foi muitíssimo válida por aqui.
Recortamos alguns quadrados de bandejinhas de isopor e dissemos à Sofie para desenhar neles o que quisesse, utilizando um palito de churrasco. Esta etapa não é exatamente fácil, já que exige certa força para conseguir “rasgar” o isopor. A Sofie começou fazendo pequenos furinhos, e depois foi traçando linhas juntando-os. Foi uma ótima estratégia. Ela desenhou várias estrelas, e nós fomos ajudando quando ela solicitava.
O passo seguinte é passar a tinta guache sobre o desenho. Optamos por fazer isso com as mãos, e deu supercerto! Afinal, que criança não gosta de sujar as mãos de tinta?
Então chegou a hora de carimbar o desenho sobre o papel. É preciso fazer uma forcinha sobre o isopor para que o contorno da forma fique mais visível. E também tem de ter cuidado para o isopor não deslizar, ou o desenho não vai aparecer.
Depois de carimbar muitas estrelas, foi a vez de carimbar as mãos. A Sofie cobriu-as inteiras de tinta e carimbou a cartolina inteira.
Arriscamos dizer que essa foi a parte da brincadeira de que ela mais gostou. Por isso, pense duas vezes antes de afirmar que uma brincadeira não deu certo ou não agradou. Às vezes, a gente pensa uma coisa e a proposta, por iniciativa da criança, segue por um caminho completamente diferente. E essa é a riqueza da brincadeira.