A nossa ideia era propor à Luiza que pintasse com os pés encapados com plástico bolha. A Dinda até cobriu os próprios pés para incentivá-la, mas não teve jeito: ela não quis usá-lo de jeito nenhum. Nós, claro, respeitamos a vontade dela, então, a pintura foi feita com os pés direto na tinta mesmo.
Queríamos ter feito essa brincadeira ao ar livre, mas o dia estava bastante frio e chuvoso, por isso tivemos que adaptá-la para dentro de casa. Forramos o chão com papel craft e convidamos a Luiza a escolher as cores das tintas guache que queria utilizar. Aí viramos um pouquinho delas no papel (uma por vez) e ela correu a pisar nas “poças”. Primeiro ela se divertiu sujando os pés nas tintas e carimbando o papel, chamando a atenção para a forma que fazia. Mas o ápice da brincadeira foi quando ela iniciou uma espécie de sapateado sobre as tintas, caindo na gargalhada a cada deslizar. Nesse momento, foi muito importante ter um adulto segurando em suas mãos, pois o risco de escorregar é bem grande.
O resultado foi que a sala se transformou praticamente em uma pista de patinação cheia de cores. Luiza misturava as tintas com os pés, se admirava com os novos tons que surgiam e ria a valer sempre que ameaçava cair.
Nem o sofá escapou de uma mãozinha de tinta, mas a gente nem ligou (foi fácil de tirar com um pano úmido). Quando a Luiza cansou, corremos para o chuveiro para lavar os pezinhos dela (temos que confessar: as unhas ficaram verdes por alguns dias, mas tudo bem!). Então foi só tirar o craft do chão com cuidado e a sala estava pronta para outra.
Quem disse que uma chuvinha estragaria a nossa brincadeira?
