Fizemos essa brincadeira com o Rafa e foi emocionante ver seus olhinhos brilhando diante da descoberta de um mundo novo. Se fosse possível ler seus pensamentos, talvez fosse algo mais ou menos assim: “sou eu que estou fazendo esse barulho quando balanço isto?” ou “que interessante esses pontinhos coloridos nadando pra lá e pra cá”.
Preparamos quatro garrafas pet. Como ele ainda é bem novinho, optamos pelas garrafas menores, de 300 ml, para que ele conseguisse manuseá-las sozinho. Nelas colocamos: grãos de arroz e feijão (só enchemos até a metade, para não ficar muito pesado); água e glitter colorido; água tingida com corante vermelho e botões variados; e água tingida com corante verde e pedaços de barbante cortadinhos. As possibilidades são infinitas e você pode experimentar outras combinações, como desejar. Como as nossas garrafinhas eram verdes, o corante não surtiu muito efeito (se possível, opte pelas garrafinhas transparentes).
E então oferecemos as garrafas ao Rafa. Primeiro ele ficou olhando, indeciso sobre qual pegar. E então escolheu a dos grãos, que produzia um barulhinho que o deixou curioso. Ele ficou encantado ao se dar conta de que era ele quem estava produzindo aquele som ao bater com as mãos no plástico. Depositou a primeira sobre as pernas e começou a mexer com a que continha os botões. Como ela estava bem cheia (optamos por colocar bastante água para que o movimento dos objetos lá dentro fosse mais perceptível) e, portanto, um tanto pesada, ele não conseguiu levantá-la, mas brincou de rolá-la de um lado para o outro. Na sequência, fez o mesmo com as outras duas e logo descobriu as tampinhas. Como é possível que alguém tão pequeno já tenha consciência de que é por aquela tampa que ele pode ter acesso ao interior da garrafa? Mais uma prova de que não podemos subestimar as crianças!
Mexeu com as tampinhas, aproximou da boca, virou de cabeça para baixo, explorou usando todos os sentidos. E, quando se cansou, partimos para outra brincadeira. Mais tarde, recebemos um vídeo feito pela mãe do Rafa: horas depois ele ainda estava entretido com a garrafa dos grãos (sua preferida!), batendo com as mãozinhas, amassando, examinando a forma esquisita do fundo… E aquela cena fez tudo valer a pena.
