A pintura respingada que propusemos à Luiza rendeu momentos de muita exploração e descobertas.

Antes de mais nada, forramos todo o chão da sala com papel craft, para que ela pudesse realizar a pintura, e cobrimos os móveis próximos com um plástico. Assim não precisaríamos limitar a brincadeira nem ficar o tempo todo falando “cuidado com o sofá”, “olha a tinta na poltrona”. Muito mais tranquilo para nós e para ela.

A Lulu escolheu as cores de tinta guache com as quais gostaria de trabalhar e nós as colocamos em bandejinhas de isopor. Entregamos então o pincel a ela (quanto maior, melhor) e explicamos o desafio: fazer uma pintura respingando a tinta no papel, apenas movimentando o braço e “lançando” a tinta pelo ar (deu pra entender a necessidade de cobrirmos os móveis? rs).

A Lulu rapidamente se animou, molhou o pincel na primeira tinta e começou a chacoalhá-lo sobre o papel, feliz de ver os respingos caindo e colorindo o craft. Foi muito bacana observar como ela se movia de um lado para o outro, consciente do que fazia, preenchendo toda a superfície com sua arte. E ela foi experimentando: ora aproximava o pincel cheio de tinta do papel e fazia movimentos rápidos, que resultavam em micropingos concentrados, ora realizava movimentos amplos, lentos, deixando rastros de cor bem espalhados. Até de ponta-cabeça ela arriscou pintar (o cabelo foi parar dentro da bandeja de tinta).

Ao final da brincadeira, tínhamos uma verdadeira obra de arte, digna dos melhores museus e galerias. Além, claro, de uma artista toda orgulhosa da sua criação.